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Custo dos alimentos é a principal preocupação dos portugueses na hora da compra

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O custo dos alimentos pesa mais sobre os europeus hoje do que há alguns anos, tornando-se o principal fator que influencia a compra de alimentos, seguido do sabor, revela um Eurobarómetro sobre segurança alimentar na União Europeia (UE). Ainda de acordo com o mesmo inquérito, quase metade considera a segurança alimentar importante e 41% dos cidadãos da UE dão como certo que os alimentos que compram são seguros.

São os portugueses (74%), os cidadãos da Grécia e da Letónia (ambos 70%) os mais propensos a indicar o custo como um dos fatores mais importantes na compra de alimentos, distantes dos luxemburgueses (35%), italianos (40%) e austríacos (43%). E é também por cá que é grande a probabilidade de se indicar o sabor como um destes fatores – 66% dos portugueses fazem-no, valor apenas superado pelos búlgaros (69%).

O que não parece condicionar as escolhas alimentares para os lusos é o teor de nutrientes, indicado, por cá, como essencial para apenas 35% dos inquiridos.

Bernhard Url, diretor executivo da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) considera que “muito aconteceu desde a última pesquisa, em 2019, inclusive uma pandemia global e a eclosão de uma guerra na Europa. Tais eventos têm consequências dramáticas e, sem surpresa, vemos que para muitos europeus o aumento na custo de vida está a afetar as suas escolhas alimentares mais do que antes”.

Por outro lado, acrescenta, “a segurança alimentar continua a ser importante para muitos cidadãos da UE e é encorajador ver que quase metade deles se preocupa com uma alimentação saudável tanto quanto com os riscos alimentares”.

De acordo com os dados recolhidos, mais de um terço dos europeus têm um nível de conhecimento muito alto (21%) ou alto (17%) sobre os tópicos de segurança alimentar, ou seja, ouviram falar de 10 ou mais dos 15 tópicos pesquisados.

É mais provável que tenham ouvido falar de aditivos em alimentos ou bebidas (70%), resíduos de pesticidas em alimentos (65%), resíduos de antibióticos, hormonas ou esteroides em carnes (63%) ou doenças encontradas em animais (60%).

De resto, a presença de resíduos de pesticidas nos alimentos (40%) e resíduos de antibióticos, hormonas ou esteroides na carne (39%) estão no topo da lista de preocupações relacionadas com a segurança alimentar entre os europeus. Menos pessoas se mostram preocupadas com doenças de plantas (11%), uso de novas biotecnologias na produção de alimentos (8%) e nanotecnologia aplicada à produção alimentar (5%).

Fontes de informação sobre riscos dos alimentos

Cerca de seis em cada 10 (61%) inquiridos indicam a televisão como uma das suas principais fontes de informação sobre riscos alimentares, seguida da família, amigos, vizinhos ou colegas (44%) e motores de busca na internet (37%), com diferenças importantes entre gerações.

Mais de oito em cada 10 confiam nos médicos (89%), cientistas universitários/financiados publicamente (82%) e organizações de consumidores (82%) para obter informações sobre riscos alimentares. E uma minoria não mudaria o seu comportamento em caso de escassez de alimentos (21%).

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