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Frente unida na luta contra o cancro do pâncreas inclui centro em Portugal

cancro do pâncreas

Numa iniciativa global, lançada a propósito do Dia Mundial do Cancro do Pâncreas, que se assinalou a 16 de novembro, o Botton-Champalimaud Pancreatic Cancer Centre, em Lisboa, que iniciará a sua atividade em breve, em parceria com o Jreissati Pancreatic Centre at Epworth, na Austrália, e o Cancer Research UK Cambridge Centre – Pancreatic Cancer Programme, no Reino Unido, anunciam uma colaboração pioneira. Esta aliança, que ultrapassa as fronteiras nacionais, marca um importante passo no sentido de enfrentar o desafio crescente que o cancro do pâncreas representa, rapidamente a tornar-se um dos cancros mais mortais a nível mundial.

O aumento exponencial dos casos de cancro do pâncreas, sobretudo nos países industrializados, levou estes três centros de investigação a unir esforços. Com o cancro do pâncreas prestes a tornar-se nas próximas duas décadas a segunda principal causa de morte por cancro na Europa e nos EUA, estas instituições estão a alertar para a necessidade urgente de uma maior sensibilização do público para esta doença.

O seu esforço de colaboração centra-se na educação sobre os fatores de risco, os sintomas frequentes e a importância crucial da deteção precoce, com o objetivo coletivo de melhorar os resultados do tratamento e as taxas de sobrevivência.

Compreender o cancro do pâncreas

O pâncreas, uma glândula vital localizada no interior do abdómen, desempenha um papel duplo na digestão e na regulação do açúcar no sangue. O cancro do pâncreas resulta do crescimento anormal de células na glândula pancreática, dando origem a tumores. Com sintomas iniciais muitas vezes inespecíficos, a deteção precoce é um desafio essencial para o tratamento eficaz.

Este cancro manifesta-se sobretudo sob duas formas: tumores exócrinos (95% dos casos, com origem nas células dos canais pancreáticos) e tumores endócrinos (5% dos casos, com início nas células produtoras de hormonas). As opções de tratamento incluem a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. Dada a complexidade dos seus sintomas iniciais, a aliança sublinha a importância de saber reconhecer uma combinação de sintomas e fatores de risco.

Os primeiros sintomas podem incluir dores no meio das costas, perda de peso inexplicável, dores de estômago e icterícia, entre outros, enquanto os fatores de risco incluem o tabagismo, a obesidade, a idade, a diabetes de tipo 2, o consumo crónico de álcool e a história familiar. O diagnóstico é feito através da combinação de sintomas, fatores de risco e exames de diagnóstico como imagiologia, endoscopia e laparoscopia.

Esforços de divulgação e educação

Estes três centros unem-se agora numa colaboração que representa uma frente conjunta na luta global contra o cancro do pâncreas. Ao combinarem recursos, conhecimentos especializados e um compromisso comum com a deteção precoce e a melhoria do tratamento, pretendem mudar a narrativa do cancro do pâncreas, oferecendo esperança aos doentes de todo o mundo.

Crédito imagem: iStock

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