Os portugueses vão passar a ter acesso a testes de autodiagnóstico para o VIH/sida, cuja venda foi aprovada em Conselho de Ministros.
Desta forma, passa a ser permitida “a disponibilização direta ao público dos dispositivos de autodiagnóstico destinados ao diagnóstico das infeções por vírus da sida, Hepatites B e C”, lê-se no documento, que define a sua venda nas farmácias ou parafarmácias.
De acordo com a mesma fonte, esta alteração tem por base as “recomendações do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o VIH e SIDA (ONUSIDA) e da OMS, indo ao encontro do que é já praticado em diversos países da União Europeia, como Espanha, França, Bélgica e Itália”.
Na sequência da evolução técnica científica, considera-se que estes dispositivos dão garantia de fiabilidade e segurança, “que afastam a necessidade dos condicionamentos à sua utilização que estiveram na base do atual regime que agora se altera”.
Governo quer Portugal livre de VIH até 2030
O objetivo é simples: aumentar os rastreios e, desta forma, acelerar o ritmo das atividades de rastreio para alcançar as metas da ONUSIDA”, identificando cada vez mais precocemente os casos positivos, “diminuindo a proporção de diagnósticos tardios, e quebrar o ciclo de transmissões, tendo como objetivo, até 2030, transformar Portugal num país sem infeção epidémica de VIH”.
Em Portugal os dados mais recentes, que integram o Relatório Infeção VIH e SIDA – Situação em Portugal em 2016, confirmam “que Portugal mantém a tendência decrescente no número anual de novos diagnósticos de infeção por VIH e sida, observada desde o ano 2000, embora as taxas apuradas para os anos mais recentes continuem a ser das mais elevadas na União Europeia”.
Em 2016, e ainda de acordo com o mesmo relatório, tinham sido diagnosticados 1.030 novos casos de infeção por VIH em Portugal, sendo mais de metade dos novos casos (55%) diagnosticados de forma tardia.