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SPAVC alerta para riscos associados ao encerramento da Via Verde do AVC

avc

A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC), organização científica que agrega médicos, outros profissionais de saúde e investigadores dedicados à patologia cerebrovascular, tomou conhecimento do encerramento, por períodos ou por tempo indeterminado, do atendimento à Via Verde do AVC em hospitais portugueses e decidiu manifestar o seu desagrado, alertando para o risco associado.

Em comunicado, recorda que “o acidente vascular cerebral (AVC) é a principal causa de morte e incapacidade em adultos em Portugal e que o tratamento agudo do acidente vascular cerebral é uma emergência médica, sendo o sucesso das intervenções disponíveis extremamente dependente da rapidez da resposta”.

Por isso, considera que “o acesso a tratamento atempado deve ser garantido aos cidadãos de todas as regiões”, reforçando que “as unidades de AVC nacionais estão distribuídas e organizadas para otimizar a resposta a toda as áreas de Portugal”.

Por este motivo, “a opção de redirecionar um doente com acidente vascular cerebral agudo para outro hospital, que distará sempre mais de 30 km, representará atraso na prestação de cuidados numa doença emergente, em que o dano causado ao cérebro aumenta por cada minuto sem tratamento”.

Entende, desta forma, “que a manutenção da disponibilidade de atendimento através da Via Verde de AVC deve ser uma prioridade em todos os hospitais com esta valência e no sistema de saúde como um todo, e assumida como tal pelos conselhos de administração e entidades governamentais”.

“Salientamos que ainda não foram clarificadas as razões para o aumento da mortalidade por acidente vascular cerebral verificada em 2020 em Portugal, conforme dados avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) este ano. Apelamos, assim, às entidades competentes que sejam garantidas condições para que seja assegurado o regular atendimento através de Via Verde de AVC e os cuidados em Unidade de AVC em todos os hospitais do país com esta valência.”

Até porque, finaliza, “a redução do impacto do acidente vascular cerebral em Portugal necessita do melhor de todos”.

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