Em Sörmland, na Suécia, a musicoterapia é oferecida enquanto método de tratamento para pessoas que vivem com dor crónica. Atualmente, os efeitos do que os especialistas chamam método Musicoterapia de Orientação Funcional estão a ser investigados, através de um projeto de investigação na Universidade de Mälardalen (MDU).
Neste método, as experiências musicais e o movimento são combinados com o objetivo de contribuir para o bem-estar e a recuperação de uma pessoa. Durante o tratamento, um terapeuta avalia quais as funções básicas que o participante precisa de desenvolver e, com a ajuda de instrumentos musicais, como tambores e pratos, são estimulados diferentes movimentos do corpo.
Num projeto de investigação em curso na MDU, os investigadores pretendem investigar se é possível encontrar provas científicas de que este método, à base de fisioterapia, é eficaz para aumentar o bem-estar, melhorar a qualidade de vida e se, e de que forma, pode aliviar o sofrimento e a dor em pessoas que vivem com dor crónica.
“Acredito que é essencial avaliar métodos alternativos de promoção da saúde na área da dor crónica, uma vez que muitas pessoas na sociedade sofrem com ela. Este projeto visa explorar e avaliar um método de tratamento até agora inexplorado para pessoas que vivem com dores de longa duração”, afirma Helena Lööf, professora na MDU.
O projeto tem como pano de fundo um estudo piloto que demonstrou que o método de musicoterapia ajudou as pessoas afetadas por AVC e pela doença de Parkinson a recuperar melhor.
“A dor é a razão mais comum para procurar os serviços de cuidados primários. Por conseguinte, desta forma, muitas pessoas são afetadas e, do ponto de vista social, é bom que haja uma variedade de esforços de apoio. Isto está de acordo com os cuidados de saúde centrados na pessoa.”
“Através de um acordo de cuidados com um centro de tratamento, este método já está a ser utilizado nos cuidados primários em Sörmland. Mas o método não se baseia em provas, pelo que é necessária uma avaliação científica. Iremos avaliar os efeitos da Musicoterapia de Orientação Funcional em pessoas que sofrem de dor crónica em comparação com os cuidados padrão que são prestados nos cuidados de saúde locais. Também queremos criar uma compreensão mais profunda da importância da música e do movimento na recuperação”, refere a especialista.
“Se os resultados do projeto forem positivos, ou seja, se for possível encontrar provas de que vários aspetos da saúde são afetados ou melhorados pela musicoterapia, esta pode ser utilizada como apoio baseado em provas para fins de promoção da saúde das pessoas que sofrem de dor crónica”, acrescenta.
