![redução da pressão arterial](https://noticiassaude.pt/wp-content/plugins/phastpress/phast.php/c2VydmljZT1pbWFnZXMmc3JjPWh0dHBzJTNBJTJGJTJGbm90aWNpYXNzYXVkZS5wdCUyRndwLWNvbnRlbnQlMkZ1cGxvYWRzJTJGMjAxOCUyRjA5JTJGbXVkYW5jYXMtbm8tZXN0aWxvLWRlLXZpZGEtZTE1Mzg3NDkyNTEyNTUuanBnJmNhY2hlTWFya2VyPTE3MzQ4ODg2NzUtNTQ3OTImdG9rZW49YmQ0ODEwY2E2MTQyNmI3MA.q.jpg)
Conseguir controlar a pressão arterial apenas com recurso a mudanças no estilo de vida? Sim, é possível, garante um estudo apresentado numa conferência da American Heart Association.
As alterações ao estilo de vida são uma das principais medidas preventivas, aconselhadas por todas as sociedades médicas. E com razão, confirmam os dados de um trabalho recente.
“Alterações que incluem uma alimentação mais saudável e exercício físico regular podem reduzir muito o número de doentes que precisam de medicamentos para baixar a pressão arterial”, explica Alan Hinderliter, professor de medicina da Universidade da Carolina do Norte e um dos autores do estudo.
Participantes divididos em três grupos
Os investigadores estudaram 129 homens e mulheres com excesso de peso ou obesidade, com idades entre os 40 e 80 ano e pressão arterial alta. Apesar de não estarem a tomar medicação, mais da metade eram candidatos a fazê-lo.
Aos doentes foi, depois, atribuído aleatoriamente uma de três intervenções de 16 semanas. Os participantes de um grupo mudaram o conteúdo das suas dietas, reforçando o consumo de fruta, vegetais e laticínios com baixo teor de gordura e minimizando o consumo de carne vermelha, sal e doces.
Participaram também num programa de controlo de peso, que incluiu aconselhamento comportamental e exercício supervisionado durante três vezes por semana.
Para os elementos do segundo grupo, a mudança centrou-se apenas nas alteração à dieta, com a ajuda de um nutricionista. Restou o terceiro grupo, que não teve que fazer quaisquer mudanças.
Os resultados não mentem
Aqueles que mudaram a dieta perderam, em média, 19 quilos e viram a sua pressão arterial reduzida no final das 16 semanas. Uma redução que foi ainda superior para aqueles que fizeram alterações na alimentação e começaram a praticar exercício. Sem surpresas, os participantes que nada fizeram tiveram uma redução, mas pouco significativa.
No fim do estudo, apenas 15% dos que tinham feito mudanças na ementa e nos hábitos de exercício precisavam de medicamentos para baixar a pressão arterial, comparando com 23% no grupo que apenas mudou a dieta.
No entanto, não houve mudança na necessidade de medicamentos entre aqueles que nada fizeram – quase 50% continuavam a ter os critérios para o tratamento com medicação.