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Maioria dos diagnósticos de VIH em Portugal são tardios

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Em Portugal, contaram-se 1.068 novos casos de infeção por VIH em 2017, revela o relatório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Uma doença que continua a ser diagnosticada tardiamente.

Ainda que não existam dados sobre o estádio da doença para todos os 1.068 casos, esta informação está disponível para a maioria (901). E, destes, mais de metade (51,5%) foram tardios, existindo mesmo, em 31,1% das situações, indicador de doença avançada. Ou seja, três em cada 10 foram diagnosticados numa fase avançada.

Um valor que é ainda superior (67,8%) para os diagnósticos em maiores de 50 anos.

A menos de uma semana do Dia Mundial de Luta contra a Sida, que se assinala a 1 de dezembro, o relatório anual sobre a situação da infeção VIH e SIDA em Portugal tem boas e más notícias: por um lado, confirma que se mantém a tendência decrescente em relação ao número anual de novos diagnósticos, observada a partir do ano 2000. Por outro, dá conta de que estes valores continuem a ser dos mais elevados na União Europeia.

Mais casos no masculino

Há uma outra tendência que se mantém, a de casos diagnosticados sobretudo em homens, mais jovens do que as mulheres, muitos dos quais heterossexuais. Ainda assim, tem sido possível também verificar um aumento do número de casos em homens que fazem sexo com homens, que constituem já a maioria dos novos diagnósticos no sexo masculino.

Situações que, revela o relatório, se destacam “pela idade jovem, tendo constituído 79,8% dos novos casos com diagnóstico nos últimos cinco anos em homens com idades entre os 15 e os 29 anos”.

Via sexual é a principal forma de contágio

Olhando para os dados do ano passado, verifica-se que a maioria dos novos diagnósticos (99,6%) foi feita em indivíduos com mais de 15 anos, 46,4% dos quais residentes na Área Metropolitana de Lisboa. Eram, tal como já foi referido, maioritariamente (72,0%) homens.

Em 98,1% dos casos, a transmissão ocorreu por via sexual, sendo os casos de homens que fazem sexo com homens a corresponderem a 51% dos diagnosticados do sexo masculino.

No que diz respeito às infeções associadas ao consumo de drogas injetadas, estas constituíram, em 2017, 1,8% dos novos diagnósticos em que é conhecida a via de transmissão.

Olhando para o sexo feminino, o maior número de novos diagnósticos e a taxa mais elevada de casos foi observada nas idades entre 30 e 39 anos.

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