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Como pode a dieta reduzir as dores menstruais

dores menstruais

É um dos principais incómodos da menstruação, mas nem por isso a dor menstrual (dismenorreia) costuma levar a mulher a procurar ajuda. Uma análise de vários estudos sugere que a dieta pode ser um facto essencial para esta dor, sobretudo quando se trata de dietas ricas em carne, gorduras, açúcar, sal e café, que demonstraram causar inflamação.

Cerca de 90% das raparigas adolescentes sentem dores menstruais. A maioria usa medicamentos de venda livre para lidar com a dor, mas com resultados positivos limitados. As evidências mostram que as dietas ricas em ácidos gordos ómega 3 e baixas em alimentos processados, gorduras e açúcar reduzem a inflamação, um fator-chave que contribui para as dores menstruais.

Serah Sannoh, autora principal de um estudo realizado pela Universidade Rutgers, nos EUA, quis perceber qual o efeito da dieta na dor menstrual e identificar os alimentos que contribuem para esta e quais os que a podem reduzir. A investigação foi conduzida através de uma revisão bibliográfica que encontrou múltiplos estudos que examinaram padrões dietéticos que resultaram em dores menstruais.

Em termos gerais, estes estudos descobriram que as dietas ricas em ácidos gordos ómega 6 promovem a inflamação e os alimentos ricos em ácidos gordos ómega 3 reduzem-na. Os músculos do útero contraem-se por causa das prostaglandinas, que estão ativas nas respostas inflamatórias. Ao medir o Índice de Inflamação da Dieta, verificou-se que as pessoas com uma dieta vegetariana (que excluíam a gordura animal) tinham as taxas mais baixas de inflamação.

“A investigação sobre os efeitos da dieta na dor menstrual começou como uma busca para remediar a dor que eu pessoalmente senti; eu queria compreender a ciência por detrás da associação. Aprender sobre diferentes alimentos que aumentam e diminuem a inflamação, que subsequentemente aumentam ou reduzem as dores menstruais, revelou que a dieta é um dos muitos fatores que contribuem para os resultados de saúde que muitas vezes são negligenciados”, refere a especialista.

“Tenho esperança de que esta investigação possa ajudar aqueles que menstruam a reduzir a dor que sentem e lançar luz sobre a importância das opções de tratamento holístico”, acrescenta, reforçando que “uma vez que a dor menstrual é uma das principais causas de absentismo escolar das raparigas adolescentes, é importante explorar opções que possam minimizar a dor. Algo como a modificação da dieta poderia ser uma solução relativamente simples que lhes poderia proporcionar um alívio substancial”.

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