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Projeto nacional procura forma de reduzir escassez de rins para transplante

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Para combater a escassez de rins para transplante, uma equipa de investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e médicos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), com o apoio Universidade de Buffalo, nos EUA, está a desenvolver um algoritmo inteligente capaz de ajudar os especialistas na missão de avaliar as biópsias renais de dadores falecidos no momento da colheita, essenciais na decisão de uso ou não do órgão doado, avaliação esta que, estando errada, pode traduzir-se em desperdício.

Esta biópsia fornece informação essencial para que se possa avaliar a qualidade do rim, para posterior decisão de uso para transplante. Mas, refere Luís Rodrigues, investigador principal do projeto, trata-se de “um exame que resulta da observação humana e depende muito da experiência do especialista que interpreta os resultados”, que pode ter como resultado o desperdício de órgãos que continuam a ser insuficientes para dar resposta a todos os que necessitam de um transplante

Tendo em conta que a lista para transplante renal não pára de crescer, é essencial encontrar formas de maximizar os órgãos disponíveis. E é aqui que entra a inteligência artificial (IA). Segundo Luís Rodrigues, o grande objetivo da investigação é desenvolver um algoritmo inteligente de análise de imagem que, “além de aumentar a eficácia e precisão da caracterização morfológica dos rins doados, também melhore a alocação dos órgãos, com correspondência de longevidade entre dador e recetor”.

Em caso de sucesso, este método pode resultar num aproveitamento de entre 10 e 25% dos órgãos que atualmente são rejeitados”, confirma o especialista. 

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