Afeta cerca de 20 mil portugueses e é um diagnóstico que muda a vida dos doentes e das suas famílias. Isto porque a natureza debilitante da doença de Parkinson interrompe a capacidade de realizar muitas das tarefas básicas da vida, tornando o apoio da família e amigos uma necessidade extrema. Mas o que é esta doença e como se manifesta?
A doença de Parkinson é um distúrbio cerebral progressivo que afeta o sistema motor, causando tremores, rigidez e dificuldade em andar, problemas no equilíbrio e na coordenação. A maioria dos casos é idiopática, o que significa que estes se apresentam espontaneamente e sem causa clara, e não genética.
“Baseamos o diagnóstico nos resultados dos exames”, explica Molly Del Santo, especialista do Hospital Sinai, nos EUA.
“Atualmente, não podemos diagnosticar a doença antes de os movimentos anormais se manifestarem.”
O tratamento deve ser procurado perante a existência de lentidão de movimentos (também chamada de bradicinésia), tremor em repouso, rigidez ou marcha e postura anormais. Uma vez feito o diagnóstico de Parkinson, o médico irá desenvolver um plano de tratamento personalizado com base nas circunstâncias únicas de cada doente.
Alguns tratamentos comuns incluem medicamentos, que podem tratar os sintomas da doença, reabastecendo os neurónios esgotados de dopamina. Para aqueles que estão a responder bem à dopamina sintética, mas ainda a sentir tremores persistentes ou flutuantes, a estimulação cerebral profunda pode ser uma opção de tratamento eficaz que, em vez de usar meios químicos, estimula o cérebro com eletricidade.
Embora atualmente não haja cura para a doença de Parkinson, os doentes podem fortalecer os seus corpos contra os sintomas através de exercício, sem esquecer que não se devem esforçar demasiado ou colocar-se em risco de cair enquanto forem fisicamente ativos.
“O que eu defendo é a flexibilidade e exercícios aeróbicos. Porque quanto mais forte e flexível a pessoa for, mais poderá fazer para combater a doença.”
Embora a doença de Parkinson seja crónica, tanto os doentes como as pessoas que lhes são próximas têm opções disponíveis para encontrar apoio e melhorar a qualidade de vida. Esta é uma das principais razões pelas quais a sensibilização para a doença é tão importante – pode levar as pessoas a procurarem atendimento médico mais cedo.