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Problemas de memória tendem a ser temporários depois de um AVC

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Há esperança para aqueles que têm problemas de memória após um acidente vascular cerebral (AVC), revela um novo estudo, que confirma que este problema, que é frequente, costuma também ser temporário.

O AVC pode ter consequências graves, mas nem todos são afetados da mesma forma. No entanto, são muitos os que costumam ter um comprometimento da memória e uma capacidade reduzida de aprendizagem depois do AVC, algo que, garante um novo estudo, pode ser temporário.

“A melhoria da memória é comum após um AVC, mas existem grandes diferenças individuais”, refere Ramune Grambaite, psicóloga da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia (NTNU).

Neste estudo, um grupo de especialistas quis descobrir quais as alterações de memória que se podiam observar durante os primeiros três meses após um AVC, com dados recolhidos no Departamento de Neurologia do Hospital Universitário Akershus (Ahus) onde, todos os anos, cerca de 1.000 pessoas são internadas com um AVC.

“As consequências em termos de problemas de concentração, resistência reduzida e alterações na função da memória são comuns mesmo em doentes com AVC, mesmo ligeiros”, refere Bente Thommessen, médico daquela unidade hospitalar norueguesa.

“Examinamos 86 pacientes com testes neuropsicológicos uma semana e três meses após um AVC relativamente ligeiro” conta Grambaite. “E o nosso estudo mostra que cerca de metade dos que sofreram um AVC tiveram várias formas de comprometimento da memória uma semana após o evento, mas, três meses depois, cerca de um terço das pessoas com problemas de memória melhorou essa função da memória.”

Ou seja, recuperaram a sua capacidade de aprender e reconhecer as coisas. No entanto, Grambaite reforça que “alguns sobreviventes de AVC continuam a ter problemas de memória e precisam de aprender a viver com isso.

Sobreviver a um AVC

O AVC é uma das causas mais importantes de incapacidade, mas são cada vez mais as pessoas com AVC que sobrevivem hoje, mais do que nunca, em parte devido a um melhor tratamento de emergência e reabilitação, apesar de esta continuar a ser uma doença grave. Não é incomum que as pessoas apresentem diferentes graus de deficiência, e algumas sintam ansiedade, depressão e fadiga. Um bom acompanhamento, inclusive de amigos e familiares, é muitas vezes determinante.

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