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Mais de metade dos médicos sem equipamentos de proteção adequados no Estado de Emergência

equipamentos de proteção

De acordo com um estudo realizado pela Ordem dos Médicos, coordenado pela investigadora Filipa Duarte-Ramos, Professora da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, mais de 56% dos médicos não tiveram os equipamentos de proteção adequados para trabalhar durante o estado de emergência declarado na pandemia da COVID-19. Proporção que melhorou após o final do estado de emergência, ainda que um terço dos médicos inquiridos continue a reportar falhas da tutela na distribuição de materiais como máscaras ou luvas.

O inquérito, divulgado, que teve como base um questionário eletrónico enviado a todos os médicos e respondido entre 21 de junho e 1 de julho, são conhecidos quando se assinala o Dia Mundial da Segurança do Doente, que este ano a Organização Mundial de Saúde decidiu dedicar aos profissionais de saúde.

Ao todo, foram cerca de 2.500 os médicos, de todo o País, que deram resposta ao inquérito, tendo sido possível apurar que mais de metade (56,2%) sentiram não ter os equipamentos de proteção individual adequados para trabalhar durante o Estado de Emergência.

Valor que caiu para 31,7% após o Estado de Emergência, sendo ainda de assinalar que representa um terço dos inquiridos.

Os equipamentos mais frequentemente reportados como estando em falta foram as máscaras FFP2 (42,4%), seguindo-se os fatos protetores (33,1%), mas mesmo as máscaras cirúrgicas enfrentaram situações de rutura.

Segurança para todos

“A segurança dos profissionais de saúde, pelo impacto que tem na vida dos próprios, das suas famílias e também dos doentes, foi desde a primeira hora uma das preocupações da Ordem dos Médicos, que insistiu várias vezes com o Ministério da Saúde para que o stock fosse devidamente reforçado”, lê-se no comunicado partilhado por aquela organização.

“Por isso, a Ordem dos Médicos associa-se também à iniciativa de hoje da Organização Mundial de Saúde (OMS) na comemoração do Dia Mundial da Segurança do Doente. É a segunda vez que a OMS o faz e desta vez escolheu a segurança dos profissionais de saúde como mote: ‘Safe health workers, safe patients’.”

A Ordem dos Médicos considera “a segurança na prestação de cuidados de saúde como condição para uma melhor saúde e está disponível para continuar este desafio e para nele participar como agente da mudança para uma cultura de segurança na prestação de cuidados de saúde”.

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