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Cuidar dos idosos à distância de um clique

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São, de acordo com os últimos Censos, mais de 850 mil as famílias compostas por uma só pessoa em Portugal. Destas, mais de 400 mil são idosos, maiores de 65 anos, número que não tem parado de aumentar. É para tornar mais fácil o apoio a estas pessoas que foi criado um sistema capaz de as monitorizar à distância.

Desenvolvido por uma equipa de investigadores espanhóis, este sistema permite observar a movimentação e posicionamento dos idosos nas suas próprias casas, de forma não intrusiva, a partir de sinais de wifi. Ou seja, deteta, de forma rápida, mudanças no comportamento, permitindo a intervenção dos especialistas em saúde ou dos familiares dos idosos.

Sem necessidade de qualquer infraestrutura, através dos dispositivos móveis, emite avisos perante comportamentos inusitados e fora do normal dos idosos monitorizados, tornando possível, aos seus cuidadores, consultar toda a informação através de um interface online.

Monitorizar idosos através de um sistema de teleassistência

“Partimos do conceito de saúde e envelhecimento ativo definido pela OMS”, explica Antonio Caballer, um dos investigadores do projeto, criado por uma equipa espanhola da Universitat Jaume I.

“Neste sentido, falamos do uso das novas tecnologias para melhorar a sensação de solidão, a de participação, do nível de segurança e para permitir que os idosos possam permanecer nas suas casas a maior parte do tempo, sem terem que ir para lares de idosos.”

A teleassistência ou telecuidado permite a prestação de serviços de assistência e cuidado aos idosos de forma remota, minimamente intrusiva e nas suas próprias casas. Tem sido utilizada para detetar anomalias que pressupõem um risco iminente para a saúde, como uma queda.

Com o novo sistema, proposto por esta equipa catalã, será possível detetar potenciais situações de risco, por exemplo, se a pessoa permanecer na cama mais tempo do que o habitual ou se não for à cozinha preparar a refeição, tal como costume.

“O objetivo é dar conta da evolução da saúde de uma pessoa a longo prazo. Se existir uma deterioração contínua nas suas funções cognitivas ou físicas, daremos conta o mais cedo possível e procuramos determinar o momento em que teve início deste declínio”, reforça Óscar Belmonte, investigador principal do estudo.

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