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Palmilhas impressas em 3D oferecem nova esperança para pé diabético

calçado para pé diabético

São uma das complicações comuns da diabetes. E é para ajudar os doentes com problemas nos pés que um grupo de cientistas da Universidade de Staffordshire, no Reino Unido, apresenta umas novas palmilhas impressas em 3D, por eles criadas, que podem melhorar significativamente a saúde dos pés das pessoas com diabetes.

São milhões as pessoas com diabetes que correm o risco de desenvolver úlceras nos pés que, em muitos casos, acabam em amputação. É para o evitar que nascem estas palmilhas, que apresentam-se como capazes de proporcionar o amortecimento necessário.

Num artigo publicado na revista Gait and Posture, os investigadores concluem que a seleção da rigidez de amortecimento correta no calçado pode reduzir significativamente as pressões sofridas nos pés, que levam a úlceras e outras complicações dolorosas.

Num estudo, realizado em Malta, 15 participantes com doença do pé diabético foram convidados a andar com calçado equipado com as palmilhas impressas em 3D, projetadas pelo Centro de Tecnologias de Biomecânica e Reabilitação da Universidade de Staffordshire, usadas para alterar a rigidez de toda a sola.

Panagiotis Chatzistergos, professor naquela instituição e principal autor do estudo, considera que “a rigidez ideal está claramente relacionada com o índice de massa corporal (IMC) do doente. Este estudo complementa as nossas descobertas anteriores e conclui que materiais mais rígidos são necessários para pessoas com um IMC maior”.

Alfred Gatt, da Universidade de Malta, espera que “os resultados relatados neste estudo possam vir a gerar interesse entre todos os profissionais que fazem a gestão deste problema de saúde debilitante” e que afeta tantos doentes em todo o mundo.

Na calha estão outros trabalhos para desenvolver um método que ajude os profissionais a identificar a rigidez ideal de amortecimento, que vá ao encontro das necessidades dos doentes.

“Com várias pessoas a perderem os seus membros devido à doença do pé diabético, a nossa pesquisa irá ajudar os médicos a gerir efetivamente esta doença”, conclui Nachi Chockalingam, um dos responsáveis pela invenção desta tecnologia. 

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