A atual pandemia de coronavírus está a pressionar as pessoas em todas as esferas da vida, levando a que cada vez mais pessoas necessitem de ajuda também a nível da saúde mental. E está a União Europeia (UE) preparada para dar resposta a estas necessidades? O Eurostat dá a resposta.
São os profissionais de saúde que trabalham dia e noite para salvar vidas, independentemente do risco que correm; são os pais que fazem verdadeiros malabarismos, conjugando o teletrabalho com as aulas dos filhos, agora em casa; são os empregadores, empregados e trabalhadores por conta própria que temem com receio do fim dos seus meios de subsistência.
A pressão é constante e todos a sentem, ainda que alguns possam sofrer mais do que outros. Com este cenário em vista, o gabinete de estatísticas da União Europeia confirma que, em 2017, havia mais de 80.000 psiquiatras na UE, apesar da distribuição ser muito diferente de país para país.
Número de profissionais de saúde mental por país
E se o número é, em alguns países, suficiente para satisfazer a procura, noutros nem por isso. Contas feitas, os países da UE com o maior número de psiquiatras por 100.000 habitantes são a Alemanha (27 por 100.000 habitantes), seguida da Grécia (25), Lituânia e Finlândia (ambas com 24, apesar de os dados da Finlândia serem 2015), França, Holanda e Suécia (todos cerca de 23 psiquiatras por 100 000 habitantes, com dados da Suécia referentes a 2016).
Depois há os outros, aqueles onde se encontram menos de 10 psiquiatras por 100.000 habitantes, como é o caso da Bulgária (8) e Polónia (9), aos quais se juntam nações que apresentam também número baixo de psiquiatras em relação ao tamanho da população, como Espanha, Malta e a Roménia (todos com 11 psiquiatras por 100 000 habitantes).
Portugal não fica muito bem nesta fotografia, encontrando-se distante dos países cimeiros. Por cá, em 2017, os dados davam conta da existência de 13 psiquiatras por 100.000 habitantes, um número ainda assim superior ao dos nossos vizinhos espanhóis.