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“Não deixe que se desenrole” apela ao rastreio do cancro do intestino

rastreio ao cancro do intestino

O cancro colorretal é um dos tumores malignos com maior incidência e mortalidade em Portugal: todos os anos surgem mais de 10.000 mil novos casos e todos os dias morrem, em média, 11 pessoas com esta doença. As fases iniciais do cancro do intestino não causam dor e a progressão da doença é silenciosa, mas quando detetado nas fases iniciais, tem uma probabilidade de cura que pode chegar os 90%. É facilitar esta deteção que pretende a campanha “Não deixe que se desenrole”, que disponibiliza rastreios de pesquisa de sangue oculto nas fezes em 61 farmácias por todo o País até outubro, um rastreio é gratuito e destinado a pessoas a partir dos 50 anos de idade. 

Uma iniciativa das Farmácias Holon e da Europacolon Portugal, com o apoio dos Laboratórios Germano de Sousa, que visa ainda sensibilizar a população para o rastreio antecipado do cancro do intestino, no âmbito do Dia Nacional do Cancro Digestivo, que se assinala a 30 setembro.

“Através do diagnóstico precoce e da adoção de uma atitude ativa por parte da população no seu processo de saúde, potenciando o aumento dos seus conhecimentos nesta área e mudando os seus hábitos comportamentais é possível mudar esta realidade”, alerta o presidente da Europacolon Portugal, Vítor Neves.

“Esta campanha de sensibilização consiste em dar a conhecer, à população em geral, esta patologia, os seus sintomas e a importância de estar atento aos mesmos. Para além disto, dar também a conhecer a importância de realizar o rastreio, que é feito através da pesquisa de sangue oculto nas fezes”, acrescenta.

Vítor Neves considera que “este rastreio traz significativos ganhos em saúde para a população e pode evitar a doença em estadios mais avançados ou tornar a intervenção terapêutica mais eficaz. Isto porque, as pequenas quantidades de sangue nas fezes que são identificadas neste tipo de rastreio podem ser consequência da presença de um tumor ou de pólipos no intestino e quando tratados precocemente, num estadio muito inicial, não permitem o desenvolvimento e evolução da doença”.

Este rastreio ao cancro do intestino é totalmente gratuito, no entanto, não é indicado para todas as pessoas. Os critérios de inclusão são: idade compreendida entre os 50 e 74 anos; não ter feito esta avaliação no último ano ou colonoscopia nos últimos 5 anos, sem sintomas relevantes, sem ligações hereditárias de primeiro grau a doentes de cancro colorretal, sem história pessoal anterior de cancro e sem diagnóstico prévio de pólipos colorretais ou doenças inflamatórias do intestino (doença de Crohn ou colite ulcerosa).

De acordo com o Programa Nacional para as Doenças Oncológicas da Direção Geral de Saúde, o rastreio do cancro que impacta o intestino tem permitido diminuir a mortalidade em aproximadamente 16%, pelo que constitui uma necessidade a nível nacional e europeu, no combate à morbilidade e mortalidade associada a estas neoplasias.

cancro do intestino

Crédito imagem: iStock

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